Uma pesquisa nacional feita sobre o aborto publicada na "Revista Ciência & Saúde Coletiva" no fim do mês passado. Mostra que o aborto no Brasil é a prática mais comum do que se imagina. Esse foi o resultado encontrado na primeira parte dos questionários respondidos por 2 mil mulheres com idade entre18 e 39 anos que vivem em centros urbanos. E se concluiu que aproximadamente uma em cada 7 destas mulheres já recorreu ao aborto ao menos uma vez.
Os detalhes da pesquisam mostraram que 60% das mulheres interromperam a gestação no ápice do período reprodutivo, entre 18 e 30 anos.
O objetivo do estudo era obter um número de abortos no País.
Daí então um ponto de partida para outros estudos serem desenvolvidos... afirmou Marcelo Medeiros, professor do departamento de Sociologia da Universidade de Brasília e um dos autores do trabalho.
Segundo a análise, o perfil da brasileira que aborta é composto principalmente por mulheres casadas, já com filhos e com baixa escolaridade.
A pesquisa divulgou ainda um dado preocupante: metade das mulheres que se submeteram a um aborto precisaram ser internadas em estado grave.
"A criminalização não detém a prática e faz com que a mulher se submeta a condições inseguras e clandestinas'' alertou o professor.
As consequências podem ser sérias e irreversíveis, e vão desde hemorragia, esterilidade e alguns casos até a morte.
De acordo com o ministério da Saúde, o aborto é o quarto na lista das causas de mortalidade entre gestantes.
Para o pesquisador, se essas internações fossem tratadas como questão de saúde pública os índices poderiam ser minimizados.
"Seria necessário uma política nacional em 3 passos: espalhar contraceptivos, distribuir contraceptivos de emergência e pílulas do dia seguinte para as mulheres que necessitarem, e, em últimos casos recorrer o aborto em condições seguras e com supervisão médica", propôs Marcelo Medeiros.
Um comentário:
É um caso complicado, e que envolve duas vidas, a do feto e a da mãe.
Em princípio sou contra o aborto, se por motivos de estupro, aí a favor, desde que a mulher assim o quiser, e se colocar a vida da mulher em risco, também a favor.
Depois que vi umas fotos na internet (como é o aborto), era a favor antes, mudei muito.
É triste, viu, mas podiam mudar a lei, porque o que é proibido faz com que as pessoas recorram a clandestinidade, e se fosse pelo bem de todos, poderia salvar muitas vidas.
Também tem a posição do que pensa os pais, os conjugês, a igreja, acho que a igreja (sou católico) é o que menos tem a falar, mas cada um com sua opinião.
Beijos, Mauro
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